“A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho.”




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Oxalá - A Vibração Suprema


Ori = Luz
Xa = Senhor
= Deus
Oxalá = A Luz do Senhor Deus

Oxalá é o Orixá maior de Umbanda. Dessa vibração suprema se originam todas as outras e ela está presente em todos nós e em todas as vibrações. Está sincretizada em Jesus Cristo, o homem que por sua perfeição e conduta conseguiu alcançá-la e sintonizá-la, porque foi educado e preparado para isso. As escrituras relatam o já conhecido nascimento de Jesus na Palestina. Ele foi instruído no conhecimento das escrituras hebraicas e seu fervor religioso e sua espiritualidade natural o levaram a consagrar-se à vida religiosa e ascética. Depois de uma permanência em Jerusalém - onde revelou extraordinária inteligência e ardor em se instruir - foi enviado ao deserto da Judéia para aí ser educado numa comunidade essênia.
As tradições ocultas e místicas relatam que, aos dezenove anos, ele entrou para um mosteiro essênio, mosteiro esse muito freqüentado pelos sábios que iam da Pérsia e das Índias para o Egito e onde havia uma biblioteca magnífica de obras ocultas. Deste asilo de erudição mística, Jesus transportou-se mais tarde para o Egito. De posse da sabedoria oculta que era a alma da seita essênia, ele recebeu, no Egito, a consagração que o preparou para o sacerdócio real que deveria atingir mais tarde.
Sua pureza sobre-humana, sua imensa devoção eram tais que, na sua mocidade, ele já se elevava acima dos seus pares, derramando sobre os judeus severos que o rodeavam sua grande sabedoria acompanhada de ternura e suavidade. O encanto dominador de sua imaculada pureza envolvia todo o seu ser numa aura radiante, e suas palavras, embora raras, transmitiam sempre amor e doçura.
Jesus viveu, assim, durante 29 anos de sua existência, crescendo em graça e aperfeiçoamento espiritual. Essa pureza excepcional e essa altíssima espiritualidade tornaram Jesus - homem e discípulo - digno de servir de templo e habitação a um Poder Maior, a uma Presença Imensa. Tinha chegado a hora em que se ia produzir uma dessas manifestações divinas que, periodicamente, vêm ajudar a humanidade a apressar sua evolução espiritual já que surgia no horizonte uma nova civilização: os séculos iam dar nascimento ao mundo ocidental.
Um poderoso "Filho de Deus" encarnara-se na Terra, um Instrutor Supremo, um Ser no qual habitaria, no ponto mais alto, a sabedoria divina, uma torrente de Luz e Vida abundantes, uma fonte de onde jorraria em ondas o amor e a paz supremos.
Essa época é assinalada, nos Evangelhos, pelo batismo de Jesus, como, por exemplo, em Lucas III, 21 e 22: "... depois de batizado Jesus, e estando em oração, abriu-se o céu. E desceu sobre ele o Espírito Santo em forma corpórea como uma pomba, e soou do céu uma voz que dizia: Tu és meu Filho especialmente amado; em Ti é que tenho posto toda a minha complacência".
Podemos, com justiça, dar a esta Presença assim manifestada, o nome de Cristo, que a Umbanda chama de Oxalá. É esta força, é esta luz divina que, sob a forma de Jesus - homem, ensinava e curava. O encanto raro do Seu amor soberano se espalhava em torno de Si como raios de sol; a magia terna de Sua sabedoria de beleza tornava mais puras, nobres e belas as vidas que entravam em contato com a Sua; pondo em jogo as forças do espírito puro, curava numerosos doentes pela palavra ou pelo contato, reforçando as energias magnéticas do seu corpo imaculado com a força irresistível de Sua Vida interior.
O Oxalá, o Cristo é, portanto, uma vibração gloriosa que inundou, por três anos - do batismo à crucificação - o corpo de Jesus, Aquele que alcançou a perfeição da evolução humana.
A vibração de Oxalá habita em cada um de nós, porém velada pela nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse até Ele; O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros para transmitir ao Seu rebanho: "Estou aqui; enviai-me".
Oxalá é a figura mais respeitada, por ser segundo as lendas, o pai de todos os outros Orixás. O estereótipo a ele associado é o de pai sábio e austero, que tem sob suas mãos todas as decisões sobre a vida dos que os cercam. Ao mesmo tempo autoritário, é também muito sensível e compreensivo, pois sua força não se mostra usualmente através da violência, e sim pela capacidade de argumentar e provar que está certo e é considerado o responsável direto pelo processo de fecundação.
Os filhos de Oxalá são pessoas tranqüilas, com tendência a calma mesmo nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem para obtê-lo. São amáveis e prestativos mas nunca de uma maneira subserviente, em alguns casos podem ser autoritários. Sabem argumentar com facilidade, com grande queda para a organização e a centralização em torno de si próprios da atividade em grupo, apesar disso, no fundo são indivíduos reservados. O defeito mais claro que pode haver nos filhos de Oxalá é a teimosia, quando a certeza de suas convicções se torna muito clara. Nesses casos será difícil convencê-los de que estão errados ou de que existem outros caminhos para a resolução de qualquer problema, fisicamente os filhos de Oxalá apresentam um porte majestoso que está mais na maneira de andar do que na constituição física.

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