Com a promessa e a busca de “milagres”, pagaram dízimos ou oferendas, tentando terceirizar a solução de seus problemas ou de sua suposta “má sorte”. E enquanto seu saldo bancário e sua fé diminuem, sua decepção e dor aumentam.
O local que não cobra pela caridade geralmente leva a fama de ser “muito fraco”, pois infelizmente as pessoas ainda têm a falsa concepção de que “se não cobrar e bem cobrado, a coisa não funciona”. Além disso, há os que necessitam vivenciar o “fenômeno” para que sua fé tenha fundamento.
“Imagina... guia que fica só aconselhando, mandando rezar e mudar a maneira de pensar...”.
Como bem fala o ditado popular: “só quando a água bate onde não deve é que se aprende a nadar”. Assim, só como último recurso, no desespero total, é que eles batem à porta da Umbanda. Mesmo descrentes, buscam o milagre, chorosos e vitimados pela vida. Ajoelham-se na frente do preto velho ou do caboclo e derramam lágrimas, dedilham rosários de reclamações, tentando convencê-los de que a culpa da desgraça é de todo mundo, menos deles próprios. Acolhidos com todo amor pelos guias de luz, não recebem promessa de milagre, apenas a exigência de uma gradual reforma íntima, aliada a mandingas que os limpam do lixo energético que conseguiram agregar ao longo do tempo.
Saem dali bem melhores do que entraram, quase sempre voltam e aos poucos compreendem que o milagre estava dentro deles próprios.
Não faltarão nessa lista os que, após a melhora, voltam a freqüentar os bancos da igreja aos domingos, exibindo saúde e roupas novas. Quando não, transformam-se em carregadores de bíblia, passando a combater ferrenhamente aqueles por quem foram ajudados. Jamais vão admitir que um dia entraram num terreiro de Umbanda – coisa do capeta.
Pense, o que faz a diferença é tua fé, tuas atitudes, juntamente com a força dos orixás na luz do grande Pai OXALÁ!!
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